Eu sinceramente não pensei que ouvir a sua voz e te ver após quatro meses mexeria tanto comigo como ontem. Não sei se você percebeu, porém eu desviava o olhar justamente porque tudo que (não) aconteceu ainda mexe muito comigo. Não sou de ficar falando muito sobre tudo os meus meses na França, contudo é impossível não citar o seu nome (ou codinome) quando converso com as pessoas e elas me perguntam do que sinto mais falta. É muito difícil de acreditar que os meses passaram voando e eu infelizmente não tive a oportunidade de aproveitá-los com você. Eu me sinto patética ao dizer que sinto que não foi o final, porque tenho isto dentro de mim e fico tentando entender o que me conduz a pensar que eu irei voltar mais breve do que eu, você ou qualquer outra pessoa imagina. Você sabe que eu adoro o meu país, porém sinto que o que é meu não está aqui. Será que estou começando a ficar louca?
Doux souvenirs.
Sobre o amor que (in)felizmente vivi.
Ouça essa música enquanto lê caso você queira e decida entender o que senti por você.
Sobre o amor que (infelizmente não) vivi.
Ouça essa música enquanto lê caso você queira e decida entender o que senti por você.
Ontem lembrei de você, falei de você, sofri por você. Na verdade, não sofri por você, mas sim por lembrar de tudo aquilo que (não) vivemos. Tivemos poucos meses, sabíamos disso e tudo foi tão rápido. Quando nos demos conta, eu embarcava em uma semana e não poderíamos mais tentar nada. Entendo que a culpa foi minha durante o primeiro mês, no entanto eu não poderia fazer diferente. Você me disse que eu não demonstrava interesse por você e eu sei disso. Não é que eu não estava interessada, eu só estava com medo de me apaixonar de novo e acabar percebendo que foi a hora errada. Contudo, existe a hora certa ou as coisa simplesmente acontecem sem perceber? Não seriam essas as relações mais genuínas e verdadeiras que construímos com alguém? Eu me faço inúmeras perguntas diariamente e acredito que isso aconteça, porque procuro uma justificativa que console tudo o que aconteceu.
Cara eu do futuro #2
Como você está? Eu espero e torço para que bem.
Sim, eu voltei e se eu estou aqui hoje de novo é porque a coisa está feia e eu vim te dar um choque de realidade MAIS UMA VEZ.
Garota, você está precisando mesmo tomar vergonha nessa sua cara, porque o povo vai até achar que você é doida e que tem duas personalidades. Mas, na verdade, é só a sua consciência falando, ou a sua versão autocrítica, você decide aí o que doer menos, porque, melhor do que ninguém, eu sei que você adora se esquivar de situações que te machucam. Inclusive, queria te dizer que comecei a escrever este texto em novembro de 2021 e justamente por não querer encarar determinadas situações e a realidade na qual eu estava vivendo, eu procrastinei até não poder mais. Contudo, é hora de deixar o medo de lado e assumir o comando da sua vida, porque você não pode mais fugir daquilo que te magoa, Emilly.