"Uma dose de amor verdadeiro, por favor!" disse o homem que acabava de sentar ao meu lado no bar. Provavelmente ele estava ali pelo mesmo motivo que eu. Decepção amorosa, quem nunca teve ou nunca ouviu falar? Uma das piores dores que o ser humano pode sentir é a de um coração partido. Parece que uma flecha perfura o nosso coração e mesmo que seja tirada, ela continua lá nos lembrando quem foi que a atirou e por que.
Altruísmo.
Altruísmo: há vários significados para essa palavra e eu poderia escolher qualquer um deles para colocar aqui, porém eu decidi elaborar um e eu diria que altruísmo seria um instinto humano de colocar-se no lugar do outro. Um amor que não tenha interesse em segundas intenções. Ações voluntárias que os seres humanos ou qualquer ser vivo realizam em prol de beneficiar ou ajudar o outro.
Eu acredito que uma das minhas maiores marcas é não saber começar um texto, porém saber o que eu quero escrever e colocar toda a minha alma nisso, mesmo que seja por apenas poucos minutos ou longas horas.
A primeira vez que eu ouvi a palavra altruísmo, eu tinha dezesseis anos e estava preocupada com um amigo que parecia estar perdido de si. Uma menina que estava vendo a minha preocupação disse "Laurel, você é muito altruísta e, muitas vezes, acaba sacrificando a sua felicidade para ver alguém feliz". Eu não tive uma reação assim que essas palavras chegaram aos meus ouvidos, eu não sabia o que significava altruísta e foi só chegar em casa que liguei o computador e pesquisei. Lembro-me que eu fiquei dias pensando nessa palavra e se ela realmente me caracterizava. Com o tempo, acabei me esquecendo disso, entretanto isso me pareceu importante hoje e eu decidi recordar e transformar em palavras.
Vocês já se sentiram responsáveis por alguém? Eu não consigo explicar, apenas sentir. É um sentimento de "eu preciso ajudar essa pessoa" por mais que ela não queira e que seja de longe. Algo me diz que ela tenta esconder todas aquelas tristezas e sentimentos péssimos. Eu já a machuquei, eu acho. Não intencionalmente, mas naquelas horas que sou tomada por alguns dos pecados capitais como a ira e o orgulho. Poderia existir uma borracha que desmanchasse todos aqueles momentos negativos, contudo será que eu saberia o que sei e seria quem sou hoje? Aí está algo extremamente complexo de ser pensado.
Eu não quero que essa pessoa sofra e se eu pudesse, eu transferiria alguns dos sentimentos ruins para mim. Eu sei que eu já fiz muito mal e já fui muito ridícula e eu não quero ser assim de novo. Mudar, crescer e evoluir são algumas das palavras presentes no meu vocabulário que eu mais amo.
Eu não quero fazer parte das pessoas ruins que vagam pelo mundo preenchidas pelo vazio...
Eu quero estar aqui por alguém que precisa...
Eu quero espalhar a felicidade e a luz até mesmo nos caminhos mais escuros existentes...
Eu quero fazer a diferença na vida de alguém ao meu redor, porque eu sempre acredito no lado bom das pessoas e não desejo que elas sejam tomadas por solidão e infelicidade.
EEGR.
O seu corpo não define quem é você.
Sabe quando você deixa de usar uma roupa por achar que ela te deixa gorda?
Ou ouve piadinhas sem graça em relação ao seu peso?
Ou sonha em ter o corpo mais lindo do mundo?
Ou se pergunta se as pessoas deixam de gostar de você justamente por ser mais cheinha?
Essas são algumas das inúmeras perguntas que eu me faço todos os dias. O que há de errado em mim? Eu sei que a nossa sociedade implanta padrões que parecem nos aprisionar cada dia mais, mas por que a maioria deles está relacionado com o "corpo ideal"? Se a perfeição não existe, por que o tempo todo os seres humanos parecem buscá-la cegamente?
Amostra grátis do último dia de todos.
Às vezes fico incrédula com a velocidade que a
minha vida está passando. Minha mãe sempre diz que eu tenho que aproveitar tudo
ao máximo, porque a gente envelhece numa velocidade indescritível. Tenho
lembranças do meu primeiro dia no Ensino Médio. Eu cheguei confiante, alegre e
com aquele sentimento de “ufa, passei do fundamental”. Sabia que o desconhecido
me esperava pelos próximos anos e o único conhecimento que eu tinha eram
aqueles que espalhavam por aí. “Ensino Médio é muito puxado”, “acabou a
mordomia”, “prepare-se para ralar”, “responsabilidade bateu a porta”. E claro,
no meio a tantas frases negativas, eu ouvi um “Ensino Médio serão os três
melhores anos da sua vida no colegial, é nele que você se descobre”. É a frase
mais verdadeira de todas. O resto é o resto, que entra por um ouvido e sai pelo
outro.
Olhos castanhos.
De longe, é perceptível sua expressão cansada. Ela segura as lágrimas, porque, na cabeça dela, isso a torna mais forte. Ela olha fixamente para algum lugar, que não sei dizer ao certo qual, com o mesmo olhar sério de sempre. Não, ela não está encarando ninguém ou olhando torto, está apenas pensando. Provavelmente seu pensamento está direcionado para as provas que ela acabou de realizar. Sua respiração está normal aparentemente. Ela enche os pulmões devagar e solta o ar aos poucos, como se não quisesse perdê-lo.
Seria apenas um sonho?
O fim do ano está próximo e a cada dia que se passa, mais o frio
na minha barriga se intensifica. Às vezes, eu paro para pensar em tudo que já
conquistei até aqui. Será mesmo que tudo isso merece ser chamado de conquista
ou são apenas minhas obrigações? Já percorri grande parte do caminho e não sei
por que, mas ainda penso em desistir e jogar tudo para o alto.
Eu, realmente, acreditei que já tinha escolhido a área que
dedicaria anos da minha vida, porém eu estava totalmente enganada. A dúvida
voltou. O medo voltou. A insegurança voltou. Não sou mais aquela
garotinha de sete anos para se esconder toda vez que aparece um monstro no meio
do caminho.
Olho para trás e vejo o tanto que as coisas mudaram, mesmo que
seja em poucos meses e, até mesmo, em poucos dias. Não sou a mesma menina de
quinze dias atrás, que chorava todos os dias no quarto por ter perdido uma
pessoa que se importava, também não sou a mesma menina que desejava que o ano
acabasse rápido como a velocidade da luz. Essas meninas ainda residem em mim,
porque são graças a elas que eu me tornei a menina que está aqui digitando esse
texto nesse exato momento.
Eu quero escrever sobre tanta coisa... Esse ano está igualzinho a
uma caixinha de surpresas. Quando eu penso que tudo está bem, a vida vem e
coloca um obstáculo me dizendo “opa, não é bem assim”. Mas quando penso que
tudo está mal, a mesma me surpreende com as portas que abre.
A verdade é que talvez eu ainda seja aquela menina de sete anos
que pensava que a vida seria divertida quando crescesse. Tudo isso podia ser um
sonho. Um sonho do qual eu possa tirar boas histórias para contar algum dia...
EEGR.
Respostando: É hora de uma nova aventura.
Eram exatamente dezoito horas. Abaixei o braço no qual se encontra o meu relógio que acabei de olhar as horas. Olho para o lado e vejo tanta gente diferente. Fico imaginando a história que cada uma dessas pessoas viveu. A partir do momento que eu entrar naquele avião, tudo vai mudar. Eu vou ficar um ano fora.
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